Ceifeiros

Ceifeiros Entrevista Pr. Marco Almeida

Nasceu no extremo sul da cidade de São Paulo (1972), converteu-se aos 8 anos de idade, e foi batizado com o Espírito Santo no departamento infantil; aos 15 anos, saiu da igreja, e retornou aos 17, quando iniciou suas atividades na igreja. Congregou com os pastores José Tenório, Odilon Issa Caran, mas o grande mentor de sua vida é o pastor Astrogildo Adolfo Américo com quem trabalhou durante nove anos no Jardim Ângela (Setor 14), e dezesseis anos em Indianópolis (Setor 6), quando saiu para pastorear o Setor de Campo Limpo Paulista/SP. Filho de pastor, esposo de Flávia Ramalho de Melo Almeida e pai de Winny Melo Almeida e João Victor Melo de Almeida.

Pastor nos conte um pouco sobre a sua chamada ao ministério.

Tive muitos modelos de homens de Deus em minha vida, como, por exemplo, os pastores José Wellington Bezerra da Costa e José Wellington Costa Junior; porém, foram meus dirigentes os pastores Odilon Issa Caran que, entre todos seus bons ensinos, deu um aconselhamento em uma das reuniões de obreiros que guardei para mim: “Quando você for convocado para pregar, ore e medite no texto, faça as devidas anotações, pois se você não estiver inspirado, pelo menos informadas as pessoas sairão”; PrAgostinho, que foi meu professor de EBD, em quem me espelhava muito em minha juventude, inclusive fez o meu casamento, e, é claro, o pastor Américo, que é o meu grande mentor, com quem desenvolvi o ministério da pregação, trabalhei como segundo secretário da igreja e dirigi um ponto de pregação no Setor 14 durante oito meses. Após esse período, o pastor Américo me chamou para auxiliá-lo na sede; atuei também como segundo superintendente da EBD, preguei a Palavra de Deus e o representei em muitas congregações. Fui levado ao diaconato em 1996, ao presbitério em 1999, separado a evangelista em 2002 e credenciado pastor no ano de 2007. Depois de nove anos, com a saída do pastor Américo para o Setor 06, de Indianópolis, recebi o convite irrecusável de acompanhá-lo nesta nova empreitada. Neste período, atuei na administração do Setor, por ser profissional na área financeira com uma vasta experiência em grandes empresas e formado em Direito e bacharel em Teologia pela FAESP. Depois de um tempo, fiz parte da liderança da UMADICOM. Fiquei até o ano de 2018, quando fui convidado a pastorear o Setor 30 (Campo Limpo Paulista/SP) e, seis meses depois, assumi o setor 50 (Parelheiros), onde estou até hoje.

Em 2017, AGO da CGADB, quando o Pr. José Wellington Costa Júnior foi eleito presidente, o senhor teve um papel importante na campanha. Como aconteceu isso?

Sempre atuei, ajudando na secretaria, nas convenções e EBO’s, na área administrativa, ou contando votos durante a madrugada. Foram muitas convenções atuando e aprendendo a lidar politicamente. Após a eleição ocorrida no Espírito Santo, elaborei um projeto para as futuras eleições da CGADB. Apresentei-o ao pastor Alexandre Junior, que, na época, era o secretário-adjunto do Ministério do Belém, e levado ao conhecimento do pastor Wellington Júnior. O projeto foi colocado em prática, e nas eleições de Brasília a expressão de votos foi bem maior que na anterior. Em 2017, fui um dos dois auditores que acompanharam as eleições da CGADB em São Paulo, nomeado pelo próprio presidente. Mais uma vez a vitória foi de nosso candidato, pela graça de Deus.

Quais tem sido os desafios para que AD entre de vez no mundo digital?

Assumi a secretaria devido a minha experiência administrativa, em substituição ao pastor Alexandre Júnior, que exerceu um exímio trabalho em sua gestão, e o meu desafio é aprimorar ainda mais esse trabalho administrativo da igreja, principalmente depois da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), a fim de formular um programa para a captação de dados junto aos setores e campos de nosso ministério; aperfeiçoar as nossas consagrações, com a receptação de documentos via link, onde todos os documentos serão escaneados e enviados online. Nas EBO’s, pretendemos validar a inscrição de obreiros em totens de atendimento, como acontece nos aeroportos, e também nas eleições com votação eletrônica através desta modalidade.

O senhor é pastor do Setor 50. Como conciliar as duas funções que exerce sem prejuízo para o ofício pastoral?

Realmente, dou expediente aqui no Belém de segunda a sexta-feira, e quando o horário era comercial (antes da pandemia), necessitava sair mais cedo para atender aos irmãos do Setor. Devido às minhas muitas atribuições, estou reformulando minha agenda, a fim de me proporcionar uma maior disponibilidade para assistir as congregações mais de forma presencial. Estamos no processo de regularização da documentação, para terminarmos a construção da sede; iremos refazer a parte elétrica, concluir os banheiros, e já estamos com piso novo, onde atualmente é a nave da igreja, e temos o objetivo de fazermos as futuras salas administrativas.

Quais conselhos e orientações o senhor daria para um pastor que desejasse melhorar sua gestão administrativa na igreja local?

Acredito que o sucesso do pastor começa em saber que ele foi chamado para servir. Quando assumi o primeiro Setor, deixei claro para todos que estava lá para servir, seja lá para o que fosse necessário, em servir a Ceia para os membros e outras coisas mais. Tenho aprendido a ouvir as pessoas, a dar o ombro para as pessoas. Ser um ensinador bíblico e compromissado com a Palavra e os princípios de nossa igreja. Um bom pastor precisa ser conservador e um bom administrador para fazer a igreja evoluir. Em suma, ser amigo de todos, sentar-se à mesa com todos, aproximar-se sem barreiras institucionais, ter cheiro de ovelha.

Sobre a obra missionária, como o senhor tem procurado despertar em seu Setor, a conscientização missionária e o trabalho de missões urbanas?

O trabalho de missões foi muito atingido por conta da pandemia. Mas tenho procurado apoiar e incentivar o trabalho de evangelismo com materiais para o departamento, com cultos ao ar livre e visitas. Ficamos quase estagnados por conta das restrições, mas gradativamente retomaremos, na medida do possível. A nossa grande cidade de São Paulo precisa de um trabalho específico junto à juventude, a fim de combater as ideologias que têm surgido, sem nos esquecermos do “arroz com feijão” dos cultos nos lares e o famoso boca a boca. Queremos retomar a esta atividade o mais rápido possível.