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Cristo, Nossa Páscoa

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       O dicionário da língua portuguesa declara: “A Páscoa judaica, conhecida pelos judeus como pessach, significa “passagem” e relembra a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito há cerca de 3.500 anos”. Sua primeira celebração foi realizada antes da execução da décima e última praga, a morte de todos os primogênitos egípcios, desde o filho de Faraó, dos de seus súditos e até dos animais.

       Os hebreus, após celebrarem a Páscoa e colocarem o sangue dos cordeiros nos umbrais das portas, permaneceram dentro de suas casas, momento em que o anjo da morte, um mensageiro de Deus, entrou nas residências onde não havia o sinal determinado pelo Todo-poderoso, e causou tão grande mortandade, que comoveu toda a nação egípcia, através de um choro inconsolável, quando os israelitas foram libertos da escravidão e partiram para a terra prometida.

       Os judeus, hoje, na celebração da Páscoa, além do cordeiro, incluem o matsá, pão sem fermento; noun, vinho sem álcool; zeroá, um osso com carne, símbolo de um sacrifício; maror, erva amargosa, símbolo da escravidão; charósset, pasta composta de frutas, símbolo da argamassa usada na fabricação de tijolos; água salgada, símbolo das lágrimas e do suor derramados; beitzar, ovo cozido, que simboliza a esperança da reconstrução do templo de Salomão.

       A Páscoa cristã é comemorada anualmente no primeiro domingo após a lua cheia, no início da primavera (Hemisfério Norte) e do outono (Hemisfério Sul). No cristianismo, esta festa tem um significado diferente da festividade judaica, mas possui uma ligação direta com ela. Pessach, que significa a passagem do anjo da morte, que matou todos os primogênitos egípcios, para nós simboliza a passagem da morte para a vida, através da ressurreição de Cristo.

       O apóstolo Paulo escreveu em 1 Coríntios 5.7: “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós”. Isaque, ao ser colocado sobre o altar do sacrifício para ser imolado por Abraão, seu pai, foi imediatamente substituído por um carneiro, que se encontrava preso em uma galhada no monte Moriá.

       João Batista, ao dirigir-se à multidão que o ouvia, apresentou Jesus, que se aproximava dele: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Cristo declarou a Nicodemos, mestre dos judeus, que foi ter com Ele à noite, para que os judeus não soubessem daquele encontro, sobre sua crucificação, para que todo aquele que nEle cresse, não perecesse, mas tivesse a vida eterna. Concluímos: Cristo é nossa Páscoa.

Pr. José Wellington B. Costa

Pastor José Wellington Bezerra da Costa é presidente da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo.