Jornal Ceifeiros - Maio 2021

7 FATO MARCANTE SBB S e em alguma igreja, na hora do culto, fizéssemos a pergunta: “O que a Bíblia tem a ver com os presídios?”, que resposta obteríamos? Para muitos, a pergunta pode parecer estranha. Para alguns, pode ser que ela nem faça muito sentido. Afinal de contas, o que os presídios têm a ver com a Bíblia Sagrada? Quando entramos no mundo da Bíblia, aprendemos que a relação entre a Bíblia e as prisões não é tão insignificante quanto parece. Quero compartilhar algumas coisas com vocês neste breve texto. Quatro dos 27 livros que compõem o Novo Testamento foram escritos na prisão. Paulo estava preso em Roma quando escreveu as Cartas aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses e a Filemom. Pense um pouco nisso: um autor da Bíblia passou um bom tempo preso! Durante esse período, o que se passava na mente desse prisioneiro? Lendo suas Cartas, você verá exatamente que tipos de pensamento ele tinha. Não é interessante isso? Mas a Bíblia tem mais coisas relacionadas à prisão. Não foi só o apóstolo Paulo que esteve preso. Outros discípulos de Jesus, como, por exemplo, o apóstolo Pedro, foram encarcerados. Muitos dos discípulos de Jesus foram julgados e condenados, inclusive à morte. Ou seja, em determinados momentos da História, se visitássemos as prisões, encontraríamos seguidores de Jesus. Até o Senhor Jesus Cristo foi preso, julgado e condenado! No Antigo Testamento, tambémhámuitos casos de prisioneiros. Daniel foi preso e condenado a morrer numa cova com leões. O próprio povo de Israel foi feito prisioneiro e levado cativo para a Babilônia. O povo de Deus foi preso! Algumas palavras muito particulares de Jesus nos convidam a olhar para os presos com compaixão. Ele disse: “Eu estava… preso, e foram me ver” (Mt 25.36). Depois, Jesus acrescentou: “sempre que o fizeram a um destes meus pequeninos irmãos, foi a mim que o fizeram” (Mt 25.40). Além dessa palavra de Jesus, ele também disse a um malfeitor arrependido, crucificado ao seu lado: “hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 23.43). Quando Jesus morreu na cruz, Ele não morreu apenas por algumas pessoas. Ele deu a vida por todos! Ele também morreu pelos que estão nas prisões. Para eles também a mensagem de perdão e de nova oportunidade deve ser oferecida. Quem crê em Cristo tem a vida eterna. Faço toda essa introdução para mostrar como é importante levar a Bíblia aos presídios. Se há tanta coisa que podemos aprender sobre o tema na própria Bíblia, nada melhor do que levá-la às prisões novamente. Ela faz a diferença para toda a comunidade que está ligada à realidade prisional. São beneficiados com a Bíblia os próprios prisioneiros, os que trabalham na carceragem e as famílias dos presos. Desde a sua fundação, a Sociedade Bíblica do Brasil esforça- se para que os presos recebam a Bíblia Sagrada. Mas esta é uma tarefa árdua, que não se alcança fácil nem definitivamente. O Brasil é o segundo país do mundo em população carcerária. Hoje há por volta de 800 mil prisioneiros nos presídios do país. A maioria está presa em regime fechado. Mas essa população é rotativa. Enquanto uns terminam sua pena, outros vão chegando. Além disso, há um remanejamento dos presos que são trocados de prisões. Por isso, dar Bíblias a todos é muito difícil e exige alto volume de investimento — humano e financeiro. Este ano, a Sociedade Bíblica do Brasil chama as igrejas e os cristãos a ajudar, para que essa tarefa possa ser realizada com mais extensão. Para isso, precisamos das orações e das ofertas de todos. Ajudem-nos a continuar levando a Palavra de Deus aos presídios. Muitas vidas, dessa forma, são recuperadas e passam a conhecer o Salvador, Jesus Cristo. Veja mais informações sobre este desafio no site da Sociedade Bíblica do Brasil – sbb.org.br – e em seus canais nas redes sociais. Erní Walter Seibert Diretor Executivo da Sociedade Bíblica do Brasil A SBB Desde 1948, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) tem a missão de “semear a Palavra que transforma vidas”. Trata-se de uma organização beneficente, sem fins lucrativos, assistencial, educativa e cultural. Sua finalidade é divulgar a Bíblia e a sua mensagem, tornando-a relevante para todas as pessoas. Para isso, traduz, produz e distribui a Bíblia — além de incentivar sua leitura e estudo — e desenvolve programas sociais que atendem a populações em situação de risco e vulnerabilidade social. E ssa é uma pergunta que precisa ser feita. Será que foram os soldados romanos, que efetivamente chicotearam Cristo, bateram nele, pregaram-no em uma cruz de madeira, colocaram em sua cabeça uma coroa de espinhos com cerca de sete centímetros de cumprimento e o espetaram com uma lança quando estava já morto? Ou será que foram as autoridades romanas (Pilatos e Herodes) que o sentenciaram à pena capital da crucificação? Ou será que foram as autoridades judaicas, responsáveis por levar o caso de Jesus até eles, realizando ajuntamento quando não era permitido e dando falsas acusações emseu julgamento? Ou será que foi o povo, influenciado pelas autoridades, que gritaram: Crucifica-o! Crucifica-o!? Na verdade, todos nós somos culpados pela morte de Jesus. Foram os nossos pecados que levaram Jesus ao sacrifício; assim como diz Paulo: “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (2 Tm1.15). Mas a resposta certa para a pergunta sugestionada acima é a de que ninguém matou Jesus. Ele mesmo se entregou por nós! Olha o que ele diz em João10.17,18: “Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Esse mandamento recebi de meu Pai”. Jesus se entregou voluntariamente, aleluia! Esse acontecimento, a crucificação, foi o evento mais espetacular da História, mais Quem matou Jesus? A relação entre a Bíblia e os Presídios do que o seu nascimento, e é detalhado por livros que nos ajudam a entender. Gordon Thomas (1933-2017) escreveu uma obra chamada O Julgamento de Jesus, um relato jornalístico sobre a vida e a inevitável crucificação de Cristo. Houve muitas incongruências e um julgamento injusto e com testemunhas falsas que condenaram o Filho de Deus à morte por crucificação, uma pena capital, baseada na seguinte acusação: “Desde então, Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus gritavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo do César! Qualquer que se faz rei é contra o César”! (Jo 19.12). A morte por crucificação, segundo Cícero (106–43 a.C.), advogado e político romano, além de orador, era reservada para os escravos e aos revolucionários cujo fim se quisesse cobrir de desonra. Com isso, Pilatos não tinha o que fazer, pelo menos juridicamente. Thomas informa que cerca de quatro mil pessoas acompanharam o martírio da via dolorosa e a agonia de Cristo na cruz do Calvário. Há outro livro conhecido no meio evangélico chamado Um Médico Descreve a Crucificação de Cristo – do Dr. Pierre Barbet (1883-1961). Ele informa que Cristo foi pregado nos punhos e não nas palmas das mãos, e informa ainda a causa mortis de Cristo: Parada cardiorrespiratória causada por asfixia prolongada e hemorragia intensa e perda de fluidos corporais. Resumindo, Jesus morreu engasgado, buscando ar desesperadamente. Ele fez isso por amor a mim e a você. Geisel de Paula

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