Jornal Ceifeiros - Março 2021

7 VIDAS MARCANTES SBB N o início dos anos 1990, foi lançado um filme que, na época, foi muito comentado. Seu título era “Morando com o Perigo”. A história tratava de um casal que comprou uma casa e, para ajudar no pagamento da dívida assumida, alugou parte dela para um sujeito misterioso. No desenrolar da trama, ele mostrou ser um psicopata e passou a infernizar a vida do casal e ameaçá-los de morte. Desde a chegada da pandemia, muitas pessoas se sentem assim: literalmente, morando com o perigo. Mesmo usando máscaras, lavando as mãos, passando álcool emgel e tomando todas as precauções de higiene, a angústia e o temor se tornaram parte da vida de todos. Se alguém espirra, omedo de ser infectado ou de estar infectado é imediato. Qualquer febre, dor de cabeça ou outro sintoma já levanta a suspeita: “Será que o vírus me alcançou?” Neste artigo, queremos tratar de perigos com os quais convivemos, mas não aqueles que ameaçam a nossa integridade física, e sim os que estão ao nosso redor e procuram atingir nossa fé. O primeiro, mencionado na Bíblia Sagrada, é o diabo, o nosso grande adversário. Ele anda ao nosso redor como uma fera em busca de sua presa, sendo uma ameaça real para nossa fé. Na Primeira Carta do apóstolo Pedro, capítulo 1, versículo 8, lemos: “O inimigo de vocês, o diabo, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”. Convivemos com suas ameaças todos os dias. Mas há outros perigos nos rondando. Na Primeira Carta de João, capítulo 5, versículo 19, o apóstolo escreve: “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno”. Esse versículo nos ensina que, enquanto estamos no mundo, convivemos com a malignidade que impera nele. Esse é o segundo perigo que nos espreita. Finalmente, aprendemos também da Bíblia que a nossa própria natureza é pecaminosa, e que, por nós mesmos, não somos capazes de praticar o bem. Precisamos de um Salvador. O salmista diz: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Salmo 51.5). Ouseja, nãoeraprecisoqueum vírus surgisse para que convivêssemos com o perigo diariamente. Aliás, um perigo que apenas traz problemas para o nosso corpo; é um perigo com poder limitado. Os outros que a Bíblia menciona, e que expusemos aqui, são muito maiores que o vírus que estamos enfrentando. Com isso, não queremos diminuir em nada a necessidade de cuidar da saúde, para que o vírus não atinja a nós e às outras pessoas. O que queremos mostrar é que convivemos com outras ameaças que podem nos causar um mal eterno e que, muitas vezes, não recebem tanta atenção da nossa parte. Para enfrentar a ansiedade e o medo da pandemia, a Palavra de Deus é uma defesa muito apropriada. Em Salmo 107.20, lemos: “Enviou- lhes a sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal”. Quando nos refugiamos na Palavra de Deus, acontece exatamente o que o salmista escreveu: nós temos livramento e vida. Mesmo que a morte nos atinja, temos a vida eterna. A vida muda de perspectiva. Temos Jesus Cristo, que venceu a morte. Como no filme mencionado no início deste artigo, conviver com o perigo pode, muitas vezes, causar suspense e tensão. Mas se Deus está conosco, a vitória final é certa. É por isso que, refugiados na Palavra de Deus, podemos vencer o medo e continuar a vida em louvor a Deus e amor ao próximo. Se tivéssemos tanto cuidado na busca da Palavra de Deus como houve na busca de medidas contra o vírus, certamente o fervor e a consagração de todos estariam num nível de grande excelência. A SBB Desde 1948, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) tem a missão de “semear a Palavra que transforma vidas”. Trata- se de uma organização beneficente, sem fins lucrativos, assistencial, educativa e cultural. Sua finalidade é divulgar a Bíblia e a sua mensagem, tornando-a relevante para todas as pessoas. Para isso, traduz, produz e distribui a Bíblia — além de incentivar sua leitura e estudo — e desenvolve programas sociais que atendem a populações em situação de risco e vulnerabilidade social. Erní Walter Seibert Diretor Executivo da Sociedade Bíblica do Brasil N asceu em 1º de janeiro de 1914, filha do casal Carlos Haleplian e Angelina Augusta Haleplian. Sua conversão a Cristo deu-se em julho de 1929. Foi batizada nas águas em 1º de setembro do mesmo ano pelo missionário Daniel Berg, e recebeu o batismo no Espírito Santo um ano depois. Fez parte do grupo dos primeiros crentes da Assembleia da Deus na cidade de São Paulo e participou do primeiro coral e orquestra da AD Ministério do Belém, tocando seu bandolim. Dedicou toda sua vida ao serviço do Senhor Jesus e, ao lado de seu esposo, Júlio Antunes, serviu a Deus com muito desempenho na execução dos trabalhos a ela confiados. No ministério da interseção, fundou o Círculo de Oração na congregação da Vila Bertioga, em 19 de maio de 1958, onde atuou como dirigente até 1988, data em que teve que ser afastada, por causa de sua saúde debilitada. Em 1969, doou para a igreja um sítio na cidade de Descalvado, lugar onde foi construído o Asilo e Lar Evangélico (ASILAR), inaugurado em 08 de setembro de 1978. Esse trabalho foi alvo de seu amor e atenção às pessoas idosas e carentes de bons tratamentos. A irmã Regina faleceu em 22 de março de 1989, aos 75 anos. Existe uma escola estadual na cidade de Carapicuíba/SP que leva seu nome, porque exerceu o ofício de professora durante sua vida. Fonte: 100 Mulheres que fizeram a história das Assembleias de Deus no Brasil – Isael de Araújo Re g i n a Ha l ep l i a n Ant unes ( 1 9 1 4 - 1 9 8 9 ) Morando com o Perigo

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