Jornal Ceifeiros - Julho 2022

7 FATOS MARCANTES SBB H á quase um consenso no mundo de que tudo muda. Se olhamos para as tecnologias que usamos no dia a dia, vemos muitas mudanças. Quem ainda se lembra do tempo em que a maioria das famílias não tinha telefone? Hoje a maioria das pessoas carrega consigo um celular, e nem se fala mais em linha telefônica. Houve muitas mudanças. Se pensamos em política, as mudanças também são muitas e constantes. Mudam os partidos políticos existentes, mudam as decisões, as novidades são constantes. Mas será que essa análise que diz que tudo muda é de fato verdadeira? Será que existem coisas que não mudam? Se você tivesse que responder essa pergunta, você pensaria em alguma coisa que não muda? Pensemos na nossa vida. As pessoas que estão lendo esse artigo possivelmente têm mais de dez anos e menos de oitenta. Pode haver algumas exceções, mas a maioria deve estar nessa faixa etária. Ou seja, nossa experiência de vida é de, quando muito, algumas décadas. Nenhum de nós experimentou pessoalmente como foi a vida antes do ano 1900 d.C. O que conhecemos foi porque ouvimos falar ou porque lemos. Nessa experiência de algumas décadas, passamos por algumas fases da vida: infância, adolescência, juventude, idade adulta e, alguns, velhice. Todas as gerações passam por essas fases. E isso é assim desde sempre. Isso, podemos dizer, não muda. Assim também, durante toda a nossa vida, o sol nasce e se põe, há semeadura e colheita, e a terra produz alimentos enquanto as pessoas e os animais consomem esses alimentos. Há muitas coisas que não mudam. Mudanças constantes trazem instabilidade. Já a estabilidade traz um fundamento seguro em meio a mudanças. A Bíblia Sagrada ensina que a Palavra de Deus não muda. No Salmo 102 temos a oração de um homem aflito. O salmista diz que, no começo, Deus criou a terra e, com as suas próprias mãos, fez o céu. Por fim ele acrescenta nos versículos 26 e 27: “A terra e o céu vão acabar, mas tu viverás para sempre. A terra e o céu se gastarão como roupas. Tu os trocarás como se troca de roupa, e eles serão jogados fora. Mas tu és sempre o mesmo, e a tua vida não tem fim”. Em meio às mudanças, Deus é sempre o mesmo. Se as mudanças trazem instabilidade, o fato de Deus ser sempre o mesmo traz segurança. A segurança vem quando colocamos nossa esperança em Deus. A Bíblia Sagrada apresenta essa mesma verdade de outra maneira, em Isaías 40.8: “A erva seca, a flor cai, mas a palavra do nosso Deus dura para sempre”. Ao nos dar sua Palavra, Deus se compromete conosco. E se Deus não muda, sua Palavra também não muda. Podemos confiar em Deus. Ele é nosso fundamento inabalável em meio a todas as mudanças. Essa mesma verdade é repetida em 1 Pedro 1.23-25, onde o apóstolo nos lembra que nós nascemos de novo da imutável Palavra de Deus, na qual confiamos. Se estivermos em Deus e em sua Palavra estaremos ancorados em rocha firme. Nos últimos anos muitas pessoas sofreram angústias por causa das coisas inesperadas que aconteceram no mundo. Há quatro anos, ninguém poderia dizer que estava próxima uma epidemia como a que experimentamos. Há um ano, quando se pensava que a uma hora dessas a pandemia seria superada, ninguém pensava que antes do final da pandemia haveria uma guerra como a da Ucrânia. As dificuldades da vida estão aí, ao nosso redor. Mas como é bom saber que Deus e sua Palavra não mudam! Como é bom saber que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre” (Hebreus 13.8). Erní Walter Seibert Diretor Executivo da SBB O que muda e o que permanece no mundo? O lema de sua vida era: “Começar bem e acabar mal não é vitória. Pode-se até começar bem e ter-se lutas durante a trajetória. Contudo, o importante é começar bem e acabar bem”. Nasceu em 08 de agosto de 1909, na cidade de Rio Bonito/RJ. De origem batista, desceu às águas batismais aos 14 anos e tinha um ardente desejo de ser pregador do Evangelho. Quatro anos depois, um casal de irmãos da Assembleia de Deus veio até a cidade para anunciar a doutrina pentecostal, com cultos de oração. Sua família participou de uma destas reuniões como “espias”, mas o poder de Deus caiu sobre o auditório e ele e seus parentes foram batizados no Espírito Santo; e, a partir daí, começaram a fazer parte deste movimento. Quando tinha apenas 21 anos, solteiro, em 31 de outubro de 1931, foi consagrado ao ministério pastoral, em Pirineus, município de Capivari, atual cidade de Silva Jardim/RJ, pelas mãos do pioneiro, missionário Gunnar Vingren. Um ano depois, em 1932, casou-se com Georgina Francisca da Fonseca, com quem teve nove filhos (um falecido): Haddy, Adnir, Adenair, Adilson, Adiléa, Raquel, Moysés Filho e Maria Regina. Seu ministério foi marcado por perseguições e avivamentos. Escapou da morte diversas vezes; em certa ocasião, cerca de 200 pessoas armadas com facas, foices e paus foram até seu encontro e de outros obreiros; mas, meia hora antes da investida da multidão, o Espírito Santo ordenou que ele e todos os membros da igreja se retirassem do local, e livrou-os. Os revoltosos destruíram e incendiaram o templo. Nas viagens que percorria pelas dez cidades que administrava, tomava chuva e não tinha muitas vezes o que comer e onde dormir. A perseguição contra sua vida era tanta, que, por diversas vezes, foi preso, escoltado e colocado junto com criminosos comuns. As dificuldades foram enormes para realizar a obra de Deus, como, por exemplo, na impossibilidade de celebrar a Ceia do Senhor com pão e suco de uva, substituía esses elementos por mandioca e suco de beterraba. As viagens eram feitas de trem, em lombo de burro ou a pé. Foram, ao todo, 60 anos de ministério, 38 dos quais dedicados à AD no bairro do Fonseca, Niterói/RJ. Foi contemporâneo dos mais respeitados pioneiros das Assembleias de Deus. Morreu em 20 de março de 1991, aos 81 anos de idade. ACPAD acaba de lançar sua biografia, escrita pelo seu genro, pastor Ubiracy Xavier. Recomendamos a leitura da história desse pioneiro pentecostal. Dicionário do Movimento Pentecostal – Isael de Araújo Moysés Soares da Fonseca A história e o legado de um pioneiro pentecostal no Estado do Rio de Janeiro