AD Belém SP Ceifeiros Missões

Missão IDE na AD Belém

Foto: Tiago Bertulino

A Missão IDE é um plano de retomada da evangelização no pós-pandemia focado na preparação espiritual da igreja e já foi implantada em 12 setores do Ministério do Belém

Em vigor desde o dia 30 de abril, quando em reunião com os pastores setoriais, o presidente do Ministério do Belém, pastor José Wellington Bezerra da Costa, levou ao conhecimento deles a Missão IDE, a qual se resume em um plano de retomada da evangelização no pós-pandemia. O presidente incumbiu o órgão Ceifeiros em Chamas para difundir o projeto na Grande São Paulo, em um primeiro momento. A Missão IDE está fundamentada em três pilares, a saber: Preparação, Ação e Consolidação (PAC).

O Pr. Antônio Mardonio Nogueira Vieira, 1º vice-diretor executivo do Ceifeiros em Chamas, está na linha de frente da tarefa Missão IDE. Em alusão à Década da Colheita, que compreendeu os anos de 1991 a 2000, período em que as Assembleias de Deus no Brasil empenharam-se para alcançar o máximo de pecadores para Cristo na última década do Século XX e do segundo Milênio, o Pr. Mardonio fez a seguinte declaração: “A Década terminou, mas a colheita continua”. A referência faz menção ao slogan do Ceifeiros, o qual é a citação bíblica do Evangelho de João 4.35: “Vede as terras que já estão brancas para a ceifa”.

           Preparação – Ação – Consolidação (PAC)

“Nós não podemos fazer algo para Deus de improviso; nós temos que nos preparar”, afirmou o Pr. Mardonio, durante o programa Momento Missionário exibido no dia 28 de julho. Na ocasião, o pastor expunha a primeira haste do tripé PAC, como resumiu o comunicador da RBC, Pr. Alaercio José. Pr. Mardonio relembrou o episódio descrito em Lucas 22.7-13, em que Jesus ordena aos seus discípulos que fossem e preparassem a ceia. “Os apóstolos foram preparados por Jesus durante três anos para iniciarem, portanto, o ensinamento da Palavra, a mensagem da salvação. Até mesmo depois de sua ressurreição, Jesus esteve com eles, quando lhes apareceu constantemente durante 40 dias, a fim de lhes dar as últimas instruções, para que ficassem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos do poder de Deus. Eles permaneceram durante 10 dias em oração. Jesus, então, deu um tempo, para que se preparassem, a fim de receberem o batismo com o Espírito Santo”, disse.

           Preparação: Jejum e Oração

No decorrer da história da Igreja, houve um processo de preparação para cada acontecimento. O Pr. Antonio Mardonio puxou o traço desde o movimento protestante até nossos dias, ao registrar como cada personagem se preparou. “Lutero começou a trabalhar na elaboração das 95 teses no ano de 1514. Ele ficou quatro anos escrevendo, meditando e estudando a respeito das 95 teses que iria defender. Alguém pode imaginar que ele apresentou as teses de imediato, mas não; houve uma preparação. É interessante que no dia 31 de outubro de 1517, ele se preparou para chamar a atenção do povo; colocou nas portas da igreja em que ele era o pároco as relações distribuídas em várias entradas, apenas com os títulos das teses, porque elas seriam publicadas depois. No dia seguinte, 1º de novembro, seria feriado nacional na Alemanha. Então, ele utilizou o 31 de outubro à noite, para que de manhã todos os que viessem à missa, deparassem com aquela mensagem”, explicou.

O Pr. Mardonio continua sua explicação, ao chamar a atenção para duas disciplinas espirituais clássicas: o jejum e a oração. Para exemplificar, ele relembrou a implantação do Pentecostalismo no início do século XX. “Nosso pioneiro, o pastor Willian Seymor, orou e jejuou com um grupo de sete irmãos durante três meses, para trazer à tona o pentecostalismo moderno; por isso, nós não podemos fazer algo para Deus de improviso; temos que nos preparar e esse é o primeiro pé do tripé, a preparação mediante o jejum e a oração. Jesus não iniciou seu ministério sem que antes orasse 40 dias e 40 noites. Nós vemos que Moisés também se preparou para apresentar as tábuas da lei ao povo; por duas vezes, ele orou e jejuou 40 dias, o que registra o total de 80 dias. Na primeira vez, buscou ao Senhor em jejum e oração, quando trouxe as duas tabuas da lei que ele mesmo quebrou, por causa da desobediência do povo. Ele retornou ao monte mais uma vez para orar e jejuar outros 40 dias, a fim de receber novamente as tábuas da lei. Deus, como eu já disse aqui, não aceita o improviso; Ele quer que nos preparemos”, afirmou o 1º vice-diretor executivo do Ceifeiros em Chamas.

Como parte da Preparação, que representa o primeiro passo para todo cristão ciente de que carrega consigo a missão de levar as boas novas, ainda temos como prioridade o estudo bíblico e os cursos de capacitação em missões. O Pr. Mardonio estabeleceu uma parceria com o Conselho de Capelania da CGADB, presidido pelo pastor Agostinho Gomes da Silva Filho. Este órgão oferece cursos de capacitação, para que os voluntários tenham competência para trabalhar em nove áreas: Hospitalar, Carcerária, Fundação Casa (menores infratores), Militar, Social, Escolar, Empresarial, Parlamentar e Cemitério. Os Interessados podem entrar em contato com o Pr. Agostinho Gomes por telefone ou Whatsap (11) 98374-2005.

Ação: Evangelismo na Prática

            A segunda haste do tripé da Missão IDE é o evangelismo na prática. “A ação está vinculada à preparação; se não houver preparo, não seremos bem-sucedidos na ação”, afirmou o Pr. Antonio Mardonio durante o programa Momento Missionário na RBC. Em sua fala, o pastor fez uso do texto no Evangelho de Marcos 16.17,18 que retrata a mensagem de Jesus. “E estes sinais seguirão aos que crerem:  em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão”.

            A Ação, dentro da Missão IDE, tem como objetivo incentivar os setores a irem ao campo e praticarem o evangelismo nas mais diversas formas, quer presencialmente ou online, de modo que todos tenham as ferramentas para exercerem a tarefa.

            Consolidação: Discipulado na Prática

            A terceira haste do tripé compromete-se a ampliar o exercício do Discipulado, ou seja, usar os mais diversos mecanismos, para que a pessoa que tenha aceitado Jesus em um culto, quer na igreja ou em local público, tenha acesso ao aprendizado básico da Palavra de Deus e do modo de viver cristão, até que tome a decisão pessoal para se batizar nas águas.

            O conteúdo programático será impreterivelmente as lições de Discipulado I e II, da editora CPAD, com 26 lições no total. O curso será de seis meses (dois trimestres). Além da tradicional sala do discipulado dentro da estrutura da Escola Dominical, a proposta da haste do tripé, Consolidação, recomenda que o curso possa ser aplicado extraclasse com a mesma metodologia, ou seja, a utilização das lições bíblicas para o discipulado. Por exemplo: o discipulado pode ser aplicado em uma aula online, ou na casa do novo convertido, desde que haja o consentimento da família. Também na casa do discipulador ou em uma sala da igreja em horário alternativo. Tudo isso, para que o novo convertido tenha acesso ao conhecimento bíblico e de como se experimenta a vida cristã na prática.