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Vivendo no princípio das dores

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Estamos a terminar o ano de 2020, que passará para história como tendo sido o ano da pandemia do COVID-19 que marcou profundamente a humanidade, tanto que muitos estão a afirmar que jamais seremos os mesmos depois de tal episódio.

Com efeito, em virtude da pandemia, cuja letalidade, registre-se, não é tão intensa quanto a de outras moléstias como a gripe espanhola, que se espalhou pelo mundo após a Primeira Guerra Mundial, há cem anos atrás, ou mesmo da chamada “gripe suína” (H1N1), há mais ou menos uma década, tivemos uma reviravolta em todo o cenário sócio-econômico-político mundial.

O fato é que se adotou um novo método de prevenção desta moléstia, baseado em experiência anterior vivida na China, um país que vive um sistema político ditatorial e que está acostumado a restringir a liberdade de seus cidadãos, tendo, ademais, um sistema econômico igualmente controlado pelo governo.

A adoção deste sistema em países totalmente diferentes, notadamente no Ocidente, ocasionou um colapso no sistema econômico, bem como exigiu, da parte dos governos, a restrição de inúmeros direitos que eram, até então, respeitados.

Por trás de tudo isto estava uma agenda de fomento de um governo mundial, pois, logo no início da crise, levantaram-se vozes dizendo que “problemas mundiais exigem soluções mundiais”.

Aqueles que conhecem as Escrituras Sagradas sabem, perfeitamente, que este discurso é nada mais, nada menos que a manifestação do “espírito do anticristo” (1 Jo 4.3), do “mistério da injustiça” (2 Ts 2.7), que, após o término da resistência hoje operada pelo Espírito Santo por meio da Igreja, irá dominar o mundo (2 Ts 2.7,8).

As ações tomadas no combate à pandemia transtornaram os governos nacionais de diversos países, ao mesmo tempo em que, inegavelmente, houve o fortalecimento da China como potência mundial, China que é apresentada como uma nação que irá sustentar o governo mundial a ser instaurado, como se verifica, claramente, de Apocalipse16.12 e que, desde que começou a pandemia, iniciou intensa perseguição contra os cristãos, talvez a mais acirrada perseguição desde a subida do Partido Comunista ao poder naquele país.

Os problemas econômicos decorrentes desta forma de tratamento da pandemia e o aumento do poder dos governos sobre os cidadãos, estão plenamente de acordo com as profecias de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo que disse que, no “princípio das dores”, haveria fomes, pestes e terremotos em vários lugares e, em seguida, um incremento da perseguição a Seus discípulos (Mt 24.7,8).

No mesmo sermão, Cristo Jesus disse que, em razão destes acontecimentos, muitos se escandalizariam, haveria traições, muitos falsos profetas e, com o aumento da iniquidade, um esfriamento espiritual de quase todos (Mt 24.10-12).

Jesus, porém, diz que aquele que perseverasse até o fim, seria salvo e este fim, sabemos todos, é o Arrebatamento da Igreja, o momento em que o povo de Deus será salvo da ira futura (1 Ts 1.10), precisamente quando este governo mundial se iniciar.

Diante disto, não resta aos servos do Senhor senão tomar algumas providências, conhecendo os sinais dos tempos.

A primeira é guardar o nome do Senhor e a Sua Palavra. Seremos odiados por causa do nome de Jesus, mas não podemos negá-LO, pois aquele que O negar também será negado pelo Senhor diante dos anjos naquele dia (Lc 12.9).                         

Negar a Jesus é deixar de obedecer-Lhe, é não mais viver segundo o Seu exemplo, é não mais imitá-Lo.

Quem guarda o nome de Jesus, quem guarda a Sua Palavra mostra que O ama, pois amar a Jesus é guardar a Sua Palavra (Jo 14.21).

A segunda providência é amar os irmãos. Os que se odiarem estarão entre aqueles que serão rejeitados. Os que amarem apenas a si trairão os demais irmãos, gerando escândalos. Preferirão viver de acordo com as ordens e diretrizes deste mundo a servir a Deus, a agradar-Lhe e quem procura agradar aos homens, jamais poderá ser servo de Jesus (Gl 1.10).

É triste verificarmos que, ante a tão só determinação de proibição de cultos por causa da pandemia, muitos deixaram de congregar mesmo depois que foi permitida a realização, ainda que com restrições, de cultos presenciais.

É triste vermos que muitos até acham que não precisam mais pertencer a uma igreja local, já que agora têm à disposição muitos cultos “online”.

Precisamos amar o próximo e a maior prova de amor ao próximo é pregar-lhes o Evangelho, seja com palavras, seja com atitudes.

Estas duas providências impedem que tenhamos o esfriamento espiritual, porque este esfriamento nada mais é que o esfriamento do amor.

A terceira providência é a perseverança. Temos de continuar servindo a Deus, continuar obedecendo à Sua Palavra e amando o próximo, mesmo diante de regras, ordens em contrário, que vão se intensificar mais e mais, pois só nos mantendo fiéis ao Senhor, até a morte se necessário (Ap 2.10), chegaremos em comunhão com Deus naquele dia, que tanto se aproxima e quando, então, definitivamente, estaremos livres de todas estas adversidades.

A pandemia mostra-nos que Cristo está às portas, que já vivemos na iminência da Sua vinda. Estejamos preparados.

Caramuru Afonso

Evangelista da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério do Belém - sede - São Paulo/SP, onde é o responsável pelo Estudo dos Professores e Amigos da Escola Bíblica Dominical e professor de EBD. Doutor em Direito Civil e Bacharel em Filosofia pela USP. Juiz de Direito em São Paulo