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Entrevista: Pr. Gregório Campos

Pr. Gregório Antonio Campos Melendez é um missionário panamenho, nascido em 13 de novembro de 1943. É casado com a irmã Doris de Campos, e tem uma filha, Ellys Sayonara Campos. Possui três netos, todos casados, e dois bisnetos. Ele é o primeiro pastor das Assembleias de Deus no Panamá. Durante o período em que foi presidente na AD Catedral de Vida, foram estabelecidas 30 igrejas; fundou o Colégio Cristão El Buen Pastor e trabalhou com diferentes segmentos, como jovens, missões, com o público da terceira idade, dentre outros.

O senhor é amigo do pastor José Wellington Bezerra da Costa. Há quanto tempo se conhecem?

O pastor José Wellington é um grande amigo; nossa amizade já vem de algumas décadas; conhecemo-nos há cerca de 45 anos. Foi por causa de nossa amizade, que fiz 15 viagens ao Brasil. Gosto muito do Brasil; é um país que amo muito pela conexão que tenho com os irmãos e pela sua beleza.

Quantos anos o senhor tem trabalhado para Jesus? É verdade que foi o primeiro pastor das Assembleias de Deus no Panamá?

Tenho um pouco mais de 50 anos de ministério. Sim, fui o primeiro pastor da Assembleia de Deus no Panamá, que hoje se chama Igreja Catedral de Vida.

O senhor trabalhou como missionário. O que o levou ao campo e por quais países passou?

Bom, em um dos congressos de missões, na Igreja Catedral de Vida, fiz um voto de fé para levantar 74 mil dólares, a fim de apoiar financeiramente os missionários que estavam fora de nosso país. Depois disso, o Senhor me chamou e preparei-me durante um ano e meio para ir ao campo missionário em Quito, no Equador. Passei 10 anos naquele país e iniciei várias igrejas. Quando cheguei lá, havia apenas 12 membros; quando saí, entreguei 900.

Houve outro país além do Equador que o senhor foi como missionário?

Não! Fui missionário somente em Quito, mas ajudei alguns companheiros de outros países. Estive, por exemplo, várias vezes em El Salvador e, com bastante regularidade, visitei Cúcuta, Colômbia, para apoiar o trabalho do pastor José Satírio, pois ele sabia que eu havia servido como missionário no Equador. Fui a outras cidades colombianas, onde tenho pastores amigos e apoiei missões nesses lugares.

Faz quantos anos que está à frente de sua igreja atual, e quais os desafios principais?

Pastoreio a mesma igreja há 20 anos. Ela está mal localizada e o principal desafio é que precisamos adquirir um terreno, para construirmos um novo templo. Nosso plano é contratar um arquiteto que aceite o desafio para começarmos a construção de nossa nova sede.

O seu ministério é engajado na área de missão e evangelismo?

Apoiamos atualmente 13 missionários; alguns estão na Índia; outros na Europa; outros aqui mesmo no Panamá, que atuam em regiões mais afastadas, entre os indígenas. Enviamos recursos para que eles possam anunciar as Boas Novas de salvação. Que o Senhor nos ajude e nos esforce, para que possamos alcançar forças e realizar coisas importantes dentro do ministério, e para o reino de Deus.

Pastor, o senhor está com quase 80 anos de idade e continua servindo ao Senhor. Pensa em se aposentar?

Quando estava prestes a completar 70 anos de idade, pedi a Deus que me desse mais 30 anos de vida para servi-lo. Já se passaram nove primaveras; farei 80 anos de idade no dia 13 de novembro. Acredito que Deus tem planos específicos na vida de cada pessoa; por isso, particularmente, não aceito a aposentadoria; meu desejo para minha vida é pregar até o fim dos meus dias, embora haja alguns que queiram se aposentar; mas isso é pessoal, e respeito. Algumas pessoas me aconselham a me jubilar; mas não penso que deva parar; a jubilação é quando o Senhor nos leva, momento em que nosso tempo termina nesta vida. Não me parece correto jubilar; creio que se o Senhor me chamou ao ministério; quero servi-lo até o último dia de minha vida. Enquanto o Senhor não me levar, espero ser arrebatado e recebido por Ele nas nuvens. Para mim, é um grande prazer servi-lo, mesmo enfrentando lutas e muitas dificuldades, mas não estamos sozinhos: o Senhor está conosco. Então, confio que Deus sempre me dará a vitória, para que possa seguir adiante, ajudar aos necessitados, aconselhar a quem precisa de conselho, manter-me firme e na confiança de que a última palavra é dada por Jesus.