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AD na Bolívia cresce e floresce em meio a ventos que anunciam tempestades

Missionário Samuel exerce função dupla como missionário e médico entre a população carente na Bolívia

O pastor e missionário Samuel Pereira da Silva está na Bolívia já há alguns anos, enviado e mantido pelo setor 5 (Osasco), do pastor José Amaro da Silva sob a coordenação do líder de missões, pastor Jair Felisbino. Ele descreve abaixo um pouco do seu trabalho nesse país vizinho em sua dupla vocação: pastor-médico visto estar no último ano de medicina.

Pastor e missionário Samuel Pereira da Silva

Bolívia, um país vizinho de nossa nação brasileira com uma extensão geográfica equivalente ao estado do Pará e com uma população que equivale ao estado do Paraná com forte tradição cultural/étnica indígena que ainda preserva seus costumes e rituais em todas suas expressões religiosas e civis, um povo que luta por seguir adiante em meio a conflitos internos que após enfrentar sucessivas mudanças no cenário político com repercussões diretas na Igreja, passa a lutar por sobreviver em meio a uma crise sanitária sem precedentes, com uma economia limitada baseada no comercio informal predominante nas principais cidades desse país não industrializado.

Como missionário tenho visto uma Igreja sofredora pós-quarentena (recentemente estão reabrindo as portas) que de maneira sobrenatural e milagrosa floresce e avança apesar dos “ventos de perseguição religiosa” que sopra como uma brisa não refrescante, senão anunciando uma tempestade que não tardará em chegar sobre a nação, ventos esse que já sopraram no ano de 2018 (ver reportagem na edição nº 234 Jan/Fev 2018). A Noiva de Cristo na Bolívia vive hoje cercada por um sincretismo religioso animista originária dos povos nativos Incas, influenciada por uma teologia debilitada e confusa trazida por “profetas e apóstolos” da América central e pressionada por uma suposta “liberdade de culto” e expressão religiosa, palavras essas faladas em tom baixo e pesado nos meios eclesiásticos.

Tempestade a vista ….

Comunidade de Kara Kara, Cochabamba. Atenção médica integral a etnia quichua

Então quando chega o culto de domingo à noite e vemos queridos irmãos e famílias reunidas ao redor da Palavra do Senhor em profunda e reverente adoração, é como se a Igreja boliviana naquele momento sublime se transformasse numa expressão do céu na terra, etnias reunidas, risos e lágrimas de gratidão por mais uma oportunidade de poder se reunir de maneira presencial em um país onde a Igreja “Pode ter paz em meio à tempestade que se aproxima”.

Oração com imposição de mãos na igreja no campo da etnia indígena de quichua

Assim, tendo a benção de servir como médico missionário em formação nas comunidades por meio de ações sociais e missionais, tenho visto nesse tempo que nosso maior desafio e oportunidade como Igreja e Noiva de Cristo tem sido alcançar as pessoas de maneira integral, ou seja, corpo e alma para a Glória de Deus, indo além do estetoscópio para ouvir as batidas espirituais do coração dessas pessoas e oferecer um toque compassivo que demonstra o amor de Deus. Com a medicina como ferramenta estratégica missionária na Bolívia, cito as palavras do Pastor Franklin Graham: “Eu acredito que a medicina missionária é uma das maneiras mais eficazes de alcançar as pessoas com o Evangelho”.

Evangelismo infantil na comunidade