AD Belém SP Ceifeiros

CINCO ATITUDES PARA APRENDER A PALAVRA DE DEUS  

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Certa feita, dirigindo-Se aos judeus que criam n’Ele, Jesus disse que eles deveriam permanecer na Sua Palavra, se quisessem ser Seus discípulos e que eles conheceriam a verdade e a verdade os libertaria (Jo 8.31,32).   

Ora, é precisamente a situação em que nos encontramos, pois também cremos no Evangelho e temos a Jesus como o Cristo, como o Senhor e Salvador de nossas vidas.   

A estes, ou seja, a nós, o Senhor Jesus diz que devemos permanecer na Sua Palavra, se é que queremos ser Seus discípulos.   

Não é possível ser discípulo de Jesus, se não permanecermos na Sua Palavra. Não é possível aprender de Jesus, se não estivermos dispostos a aprender a Sua Palavra.   

E, para aprender a Palavra de Jesus, são necessárias, fundamentalmente, cinco atitudes.   

A primeira é a de ouvir a Palavra. Não é possível permanecer na Palavra, se, antes de mais nada, não a ouvirmos, se não tivermos contato com ela. Foi o que todos aqui fizemos, quando, ao ouvirmos a pregação da Palavra, cremos que ela era a verdade e entregamos nossas vidas a Jesus.   

A segunda é a de ler a Palavra. Jesus deixou Sua Palavra registrada nas Escrituras. Foi o próprio Senhor quem disse que as Escrituras d’Ele testificam (Jo 5.39). Por isso, todos nós devemos, todos os dias, lermos a Palavra de Deus, se é que somos Seus discípulos.   

A terceira é a de meditar na Palavra. Não basta ler as Escrituras, é preciso que nós meditemos nelas, reflitamos no seu conteúdo, tenhamos em mente o que lemos e fiquemos, como ovelhas do Senhor Jesus, a ruminar os escritos lidos por nós. E o salmista diz que devemos fazê-lo dia e noite (Sl 1.1,2).  

Nesta meditação, tem especial relevo o trabalho do ensino na Igreja, pois é papel da Igreja ensinar os crentes (Mt 28.19,20), o que se faz por meio da Escola Bíblica Dominical, dos cultos de ensino e das demais atividades didáticas da igreja, como seminários, congressos, palestras e conferências.   

Em seguida, é preciso que as reflexões sejam conferidas com outras, que haja uma organização mental de todo o conhecimento apreendido e é aí que entra o estudo teológico.   

A organização e sistematização do que foi apreendido permite que tenhamos o domínio de todo o conteúdo, facilitando-nos imensamente a sua aplicação e vivência. A teologia nada mais é que tal sistematização, a organização por matérias e assuntos, de forma racional, de todo o conteúdo bíblico.   

Por fim, torna-se necessário cumprir a Palavra, praticá-la, pois só quem ouve e pratica o que aprendeu com Jesus é que pode ser considerado Seu discípulo, aquele que é comparado pelo Senhor ao homem sábio e prudente que edifica a sua casa sobre a rocha e que consegue permanecer após as intempéries da vida (Mt 7.24-27).   

Foi o que fez Esdras, chamado pelos judeus de “o segundo Moisés”, que, por ter aplicado seu coração não só a aprender, mas a cumprir a lei, tornou-se o instrumento divino para a restauração do ensino da lei e a manutenção da identidade judaica, que perdura até hoje (Ed 7.10).   

E, quando se tem tais atitudes, o efeito libertador é evidente. Jesus não quer que sejamos tirados deste mundo antes do tempo determinado, mas que, enquanto aqui estivermos, sejamos livres do mal (Jo 17.15).   

E para sermos livres do mal, necessário se faz que conheçamos a verdade, ou seja, a Palavra de Deus (Jo 17.17). Este conhecimento adquirido de forma completa nestas quatro atitudes (ouvir, ler, meditar e organizar mentalmente) traz plenas condições para que, a exemplo de Esdras, mesmo diante das ciladas dos inimigos ao longo da jornada, cheguemos a Jerusalém (Ed 8.31,32).   

Continuemos a estudar as Escrituras, pois esta caminhada só se encerra no dia em que atingiremos a estatura de Cristo, a condição de varão perfeito (Ef 4.13), quando O virmos face a face na glória no Arrebatamento da Igreja (Tt 2.13; 1 Jo 3.2).   

* Pastor auxiliar da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Ministério do Belém – sede – São Paulo/SP e colaborador do Portal Escola Dominical (www.portalebd.org.br). 

Caramuru Afonso

Evangelista da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério do Belém - sede - São Paulo/SP, onde é o responsável pelo Estudo dos Professores e Amigos da Escola Bíblica Dominical e professor de EBD. Doutor em Direito Civil e Bacharel em Filosofia pela USP. Juiz de Direito em São Paulo