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A AGENDA VERDE TRARÁ O CAVALO PRETO

Imagem de B Snuffleupagus por Pixabay

 Vivemos dias decisivos na história da humanidade. A Organização das Nações Unidas caminha célere, auxiliada por diversas instituições, tais como o Fórum Econômico Mundial, o Clube de Roma, a União Europeia e diversas fundações dotadas de milionários recursos, para implementar a chamada Agenda 2030, cujo objetivo principal é promover o “desenvolvimento sustentável” do planeta.

Esta agenda teve sua origem na primeira reunião das Nações Unidas a respeito do meio-ambiente, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, quando, inclusive, foi aprovada a chamada “Carta da Terra”, cujos principais elaboradores foram o alto funcionário da ONU, o canadense Maurice Strong, e o ex-presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, recentemente falecido.

Ambos os autores, ao longo dos anos, insistiram que a mencionada “Carta da Terra” tinha a pretensão de ser os “novos” “Dez Mandamentos”, o “novo” “Sermão do Monte”, a fim de reger o comportamento e a conduta da humanidade neste novo momento histórico do planeta, em que se teria a conscientização de que “…para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.…” e de que “…a humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva como uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida…”

Nota-se, pois, claramente, que a Carta da Terra diz que a “humanidade tem um destino comum”; é ela quem deve gerar uma sociedade fundada, primeiro, no respeito à Natureza e só depois no homem, pois a humanidade não passa de “parte de um vasto universo em evolução”, numa Terra “que está viva como uma comunidade de vida única”.

Não há como não lembrarmos do mesmo espírito que existia no episódio da torre de Babel, quando toda a humanidade resolveu desobedecer à ordem divina de espalhamento sobre a Terra e quis fazer “um nome” para si (Gn 11.4).

Pois bem, segundo esta Carta da Terra, o homem é um problema para o desenvolvimento sustentável: “…o crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social…”

Por isso, a pauta do desenvolvimento sustentável contém o controle populacional; controle este que não escolhe meios, para que isto aconteça; daí a defesa do aborto, da contracepção e de formação de relacionamentos que sejam incapazes de reprodução, como as uniões entre pessoas de mesmo sexo.

Para que se tenha o “desenvolvimento sustentável”, portanto, retira-se do homem a sua posição de primazia instituída pelo próprio Deus na criação (Gn 1.28; 9.1,2; Sl 8.4-8).

Por isso mesmo, a chamada “agenda verde” tem se voltado contra a agropecuária, que tem sido considerada como uma grande “vilã” do meio-ambiente.

Os “defensores do meio-ambiente” têm lutado bravamente, para que não haja o aumento da área de produção agropecuária, dizendo que estas atividades “destroem o meio-ambiente”, como também estão se dedicando a impedir o aumento da produtividade, impedindo a utilização de mecanismos tecnológicos e científicos que permitam a maior produção, como o uso da engenharia genética ou de produtos químicos.

Como bem diz o Chefe da Casa Imperial Brasileira, Dom Bertrand de Órleans e Bragança, em sua obra “Psicose ambientalista”: “A ecologia radical — qualificada como religião ecológica por alguns cientistas sérios e renomados — desencadeou uma psicose ambientalista. Sob o pretexto de salvar a Natureza, na verdade, ela viola gravemente o direito de propriedade, cerceia a produção agropecuária e impõe limites ao legitimo progresso econômico de todas as camadas da população.…” (op.cit., p.7).

Começa-se, inclusive, a defender-se abertamente o fim do consumo de carne, sugerindo-se a substituição da carne por insetos, ante a necessidade de proteína animal, tendo, inclusive, o Reino Unido determinado que as crianças nas suas escolas passem a ter esta opção alimentar.

Ora, tendo em vista o aumento da população, é imperioso que se aumente a produção de alimentos, não se podendo defender uma defesa do meio-ambiente que represente a escassez de alimentos.

Devemos notar que hoje a produção de alimentos é suficiente para alimentar uma vez e meia a população mundial e que, mesmo assim, por problemas de distribuição e de organização social, sete pessoas morrem de fome no planeta a cada minuto.

Dois países que vinham sendo citados como exemplos de tomada de medidas dentro da “agenda verde” estão passando por sérios problemas de fome – Gana, na África, e o Sri Lanka, na Ásia, numa clara comprovação de que esta “agenda verde” não se preocupa com o ser humano; vê a humanidade, mesmo, como um “estorvo” para o meio ambiente.

A propósito, o que chamavam de “aquecimento global” e hoje denominam de “mudanças climáticas” são fatores que não se comprovaram cientificamente até hoje, não havendo evidências de que a ação humana seja tal que altere o clima no planeta.

A propósito, o que se chamava de “aquecimento global” passou a ser denominado de “mudanças climáticas” exatamente por causa da falta de evidências de que o planeta estava se aquecendo por causa das ações humanas que, supostamente, estariam influenciando o clima no planeta.

O mestre em meteorologia, professor e doutor em climatologia, Ricardo Felício afirmou que “…as chamadas ‘mudanças climáticas’ não são previsões e sequer podem ser consideradas prognósticos. Trata-se de cenários muito mal elaborados. Quando o Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC) diz que o clima (temperatura, em especial) do planeta será assim ou assado para o ano de 2100, 2500, 3000(!) tudo isto não passa de suposições fantasiosas, cuja hipótese não é verificável e não é validada com os rastros da história do próprio planeta. O IPCC, através de seus cenários, não faz climatologia; faz meros exercícios computacionais de modelos que não sabem representar o mundo natural. Seus resultados são tão factíveis quanto os que aparecerem em uma bola de cristal.…”[1]

Por sinal, este Painel da ONU foi envolvido em ocorrências de fraudes nas pesquisas que davam conta do chamado “aquecimento global”, com proposital alteração de dados para dar base ao discurso da “ecologia radical”.[2]

Neste contexto, aliás, o Brasil, que é, reconhecidamente, um país-chave na produção de alimentos no mundo, tem sido alvo de imensa pressão, para que adote a “agenda verde”, que representará uma diminuição na produção de alimentos, a comprometer não só os brasileiros, mas o mundo todo.

Este estado de coisas não é de surpreender os servos de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Sabemos todos que uma das marcas do governo mundial a ser implantado, após o Arrebatamento da Igreja, será o ódio ao ser humano, pois Satanás odeia o homem e é “homicida desde o princípio” (Jo 8.44).

Não é à toa que, na revelação dada ao apóstolo João, que fala dos “sete selos” que trarão o juízo divino sobre os impenitentes, está o “cavalo preto”, que é o terceiro selo, que nos fala de uma situação de escassez de alimentos, de fome, de inflação (Ap 6.5,6).

Já estamos vendo o que esta “agenda verde” está trazendo para o mundo e como está sendo rapidamente implementada em todo o planeta.

Diante deste quadro, resta-nos apoiar todos aqueles que são contrários a esta “agenda verde”, defendendo, sim, a preservação ambiental, mas mantida a primazia do ser humano sobre a Natureza, como, aliás, determinou o Senhor, ao colocar o homem no jardim do Éden (Gn 2.15).

Ainda citando o Chefe da Casa Imperial Brasileira: “…o ecologismo propõe outro ‘Decálogo’ e outro ‘Sermão da Montanha’, que delineiam um estado de coisas tribal, materialista, laico e de fundo panteísta. Todo brasileiro temente a Deus, todo homem reto fiel a sua Fé, deve opor-se, com as mais profundas veras de sua alma — dentro da lei e da ordem — a esse desiderato anticristão.…” (op.cit., p.8).

Além de nos opormos a esta agenda, mantenhamo-nos firmes e obedientes a Jesus, para que escapemos da ira futura (1 Ts 1.10) e, assim, não soframos as consequências do cavalo preto e do seu cavaleiro.


[1] A mudança climática é uma suposição. Oeste 18 set 2022. Disponível em: https://revistaoeste.com/mundo/a-mudanca-climatica-e-uma-suposicao/ Acesso em 28 set. 2022.

[2] IPCC avalia suposta fraude em dados sobre clima. O Estado de São Paulo. 5 dez. 2009. Disponível em: https://www.estadao.com.br/noticias/geral,ipcc-avalia-suposta-fraude-em-dados-sobre-clima,477109 Acesso em 28 set. 2022.

Caramuru Afonso

Evangelista da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério do Belém - sede - São Paulo/SP, onde é o responsável pelo Estudo dos Professores e Amigos da Escola Bíblica Dominical e professor de EBD. Doutor em Direito Civil e Bacharel em Filosofia pela USP. Juiz de Direito em São Paulo