AD Belém SP Reportagens

Crentes assembleianos vivem expectativa do batismo em águas

Devido a medidas restritivas impostas pelo governo do Estado de São Paulo, candidatos aguardam o momento de descer às águas

Passaram-se mais de 12 meses desde o último batismo em águas realizado pela AD Belém em São Paulo. O contingente de candidatos existentes nos setores e nos campos é imenso. São pessoas que aceitaram Jesus como Salvador e aguardam a realização do batismo, que simboliza sepultar o velho homem, a fim de ressurgir uma nova criatura em Cristo. Mais do que isso, eles querem fazer parte do Corpo de Cristo; desejam cear e comungar com os membros da igreja. Com novas fases restritivas implementadas pelo governador de São Paulo, João Dória, ainda não há data definida para a realização de batismos na capital. Entrevistamos alguns pastores setoriais e alguns candidatos a batismo, que expressaram seus sentimentos nesse momento tão crítico pelo qual passa a Igreja e o mundo.

As igrejas seguem as recomendações vindas do governo, e acatam as resoluções do presidente, Pr. José Wellington Bezerra da Costa. O pastor Marco Almeida, dirigente setorial de Parelheiros e secretário do Ministério do Belém, disse que orientou os pastores para aprimorarem ainda mais o discipulado, essencial para o preparo do candidato, e que o Setor possui cerca de cinquenta candidatos para o batismo. Já o pastor Aparecido Chaves, dirigente do Setor da Vila Rio Branco, confessou: “Temos trabalhado na conscientização dos candidatos; o batismo é um marco histórico na vida do crente. O Evangelho continua sendo pregado e Deus continua salvando. O discipulado está mais extensivo com a inclusão de mais doutrinas bíblicas fundamentais”. Este Setor possui cerca de trinta candidatos para o batismo. O pastor Edson José dos Santos, dirigente setorial em Taboão da Serra/SP, foi enfático: “Temos em todo o Setor, na EBD, as classes dos novos convertidos, para que possa ser realizado o discipulado de todos eles. Sabemos que a salvação vem do invocar o nome do Senhor; o batismo é uma consequência, onde o cristão, simbolicamente, sepulta o velho homem”. Este Setor também possui dezenas de candidatos ao batismo.

Com relação aos candidatos, muitas vezes, a ansiedade fala mais alto. A irmã Maria de Fátima, do Setor de Alphaville, depois de muitos anos no combate ao vício, encontra-se livre do cigarro e apta para o batismo. Como já tem uma idade avançada, está muito ansiosa pela chegada deste dia e, ao mesmo tempo, é discipulada pelo filho, Luciano, que é professor de Teologia. Enquanto isso, o irmão Reginaldo Benevenuto, novo convertido do Setor da Cidade Ademar, tenta ocupar a mente: “Enquanto não chega esse tão esperado dia, procuro conforto nas Escrituras, pois ler a Bíblia acalma-me e diminui minha ansiedade. Oro todos os dias e participo do discipulado em minha congregação para adquirir conhecimento e sabedoria em como servir melhor ao meu Senhor, pois meu desejo é estar mais íntimo e próximo de Jesus”. Já a adolescente Giovanna Modesto, do Setor de Guarulhos/SP, costuma se perguntar enquanto não chega o dia: “Será que estou pronta mesmo”? Ela espera ter mais responsabilidade com as coisas de Deus, ter mais foco em Jesus e no seu Reino e manter o propósito de servi-lo bem para sempre. Ao encerrar estas citações, a nova convertida Vera Lúcia Melo, do Setor do Alto do Ipiranga, está muito ansiosa pelo seu batismo, o qual aguarda com vigor desde o ano passado. Ela participa ativamente da aula de discipulado em sua congregação, e espera a liberação das autoridades para então, enfim, se batizar. “Não vejo a hora” – diz ela.

Sabemos que as autoridades podem fechar os templos e proibir a realização dos cultos, mas a mensagem do Evangelho, conforme dizem as Escrituras, está sempre livre: “A Palavra de Deus não está presa” (2 Tm 2.9).Temos a convicção de que Jesus continua salvando, curando, batizando com o Espírito Santo e avisando que em breve voltará. Talvez a pandemia seja mais um sinal claro disso. Cabe a nós como Igreja de Cristo continuarmos firmes no propósito para o qual fomos chamados e olhar para o alvo que é Jesus, autor e consumador de nossa fé, aguardando essa fase ruim que vai passar. E mais ainda, aguardamos novos céus e nova Terra onde habitam a justiça. Essa é a nossa esperança e aquilo que nos move a cada dia, seja ele bom ou mau. Maranata!

irmã Maria de Fátima, do Setor de Alphaville,
Reginaldo Bevenuto de Santana_Cidade Ademar
Giovanna Teixeira Modesto com a sua mãe, irmã Lídia Modesto_Setor de Guarulhos