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O cristão, a Bíblia e o “novo normal”

Imagem de congerdesign por Pixabay

Com a pandemia do COVID-19, iniciou-se a utilização de uma expressão, a saber, o “novo normal”, para identificar a mudança de hábitos e atitudes que se deveria implantar, a fim de que as pessoas pudessem conviver com a pandemia até que ela pudesse ser dissipada, o que somente ocorrerá com a descoberta de uma vacina.

De pronto, temos de observar que esta necessidade de criação de “um novo normal”, a fim de poder se enfrentar a pandemia, é algo que não se sustenta.

COVID-19 não é a única pandemia que já surgiu na Terra e, certamente, não será a última. Como toda doença causada por vírus, é enfermidade que veio para ficar e com a qual terá a humanidade de conviver, tendo ou não vacinas, como vemos ocorrer, todos os anos, com as gripes.

Recentemente, aliás, tivemos uma outra pandemia, a do H1N1, cujo vírus, aliás, é “aparentado” com o causador do COVID-19 e nem por isso houve um “novo normal”, sendo certo que essa enfermidade continua a matar pessoas mesmo depois de passada a pandemia.

O que se verifica, portanto, é que, aproveitando-se desta pandemia, se criou uma oportunidade, que está sendo aproveitada, para se avançar uma agenda, a fim de aumentar sobremaneira o controle social sobre as pessoas e se obter o tão sonhado governo mundial.

Logo no início da pandemia, começaram a surgir vozes defendendo que “problemas globais demandam soluções globais”, não sendo poucos os governantes que passaram a defender um tratamento uniforme para a questão e que isso demandaria uma coordenação única, ou seja, um governo único.

O coordenador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Shwab, acaba de lançar um livro em que afirma exatamente isso, ou seja, que se deve aproveitar a pandemia para se avançar na pauta de um governo mundial, de uma moeda única, de um maior controle das populações.

É de se ver que o COVID-19 não é de grande letalidade e não haveria uma necessidade de modificação total do comportamento e das instituições por causa dele, mas, a partir do momento que se conseguiu que ele fosse enfrentado por medidas nunca antes tomadas e que levaram a um abalo econômico-financeiro generalizado, criaram-se as condições para que se comece a defender um “novo normal”, inclusive para debelar a crise que se instalou, como afirmou abertamente o secretário-geral da ONU na última assembleia geral da entidade.

Isto se dá precisamente quando se está para instalar o 5G, esta nova tecnologia que trará enormes mudanças na própria comunicação e interação das pessoas, a chamada “internet das coisas”, em que se aumentará, e muito, o controle sobre os indivíduos, mediante a inteligência artificial.

As vozes que eram contrárias a esta agenda estão sendo caladas, neutralizadas ou politicamente derrotadas.

A chamada “Agenda 2030”, patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) é hoje defendida tanto pela Igreja Romana, que a ela se opunha tempos atrás, como pelo Partido Democrata, que parece ter vencido as eleições presidenciais norte-americanas e que trarão os Estados Unidos de volta para ela, agenda que já é defendida com unhas e dentes pela China, a maior beneficiária de toda a situação gerada pela pandemia.

Diante deste quadro, analisando a questão sob o ponto de vista bíblico e profético, temos que o chamado “mistério da injustiça” (2 Ts 2.7) continua a avançar e os valores bíblicos, que são os maiores prejudicados em toda esta agenda, diminuem seu espaço no planeta.

Estamos no princípio das dores (Mt 24.8) e a perseguição contra a Igreja aumenta (Mt 24.9) e este controle social procura, de modo indisfarçado, diminuir a possibilidade de evangelização e da atuação da Igreja neste mundo.

Quem imaginaria que os cristãos tivessem de pedir à Suprema Corte dos Estados Unidos o direito de manter seus templos abertos mesmo em época de pandemia, e que este direito seria reconhecido pelo apertado placar de 5×4?

É tempo de buscarmos mais ao Senhor, de nos prepararmos para o Arrebatamento da Igreja, pois a instituição do “novo normal” somente se dará, por completo, quando a resistência que o Espírito Santo faz através da Igreja, a agência do reino de Deus, o corpo de Cristo, cessar, o que ocorrerá quando o povo de Deus for tirado da Terra (2 Ts 2.7).

Precisamos permanecer no bom combate, acabar a carreira, guardar a fé, para que recebamos o galardão no Tribunal de Cristo (2 Tm 4.7).

Tudo nos mostra que Cristo já volta e o que estamos a fazer? Pensemos nisso!

Caramuru Afonso

Evangelista da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério do Belém - sede - São Paulo/SP, onde é o responsável pelo Estudo dos Professores e Amigos da Escola Bíblica Dominical e professor de EBD. Doutor em Direito Civil e Bacharel em Filosofia pela USP. Juiz de Direito em São Paulo