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Tudo é permitido, mas…

Imagem de WikimediaImages por Pixabay

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1 Co 10.23)

O apóstolo Paulo havia fundado a igreja em Corinto, uma cidade conhecida pela sua licenciosidade moral, já que, além de ser uma cidade portuária, onde, naturalmente, a prostituição já é intensa, era, também, o local onde estava um grande templo da deusa Afrodite, a deusa grega do amor, cujo culto era caracterizado pela chamada “prostituição cultual”, em que os sacrifícios eram acompanhados pela prática de relações sexuais com prostitutas do templo.

É neste contexto de devassidão que viviam os cristãos em Corinto, tendo de manter uma vida santa, separada de toda esta imoralidade, o que nem sempre era conseguido, daí porque o apóstolo, nesta sua carta àqueles crentes, ter enfatizado a necessidade de bem compreendermos o que era a liberdade decorrente da salvação na pessoa de Cristo Jesus.

Neste versículo que nos serve de meditação, Paulo bem ensina como devem os cristãos viver diante do mundo em que estamos, mas ao qual não mais pertencemos.

Somos livres em Jesus Cristo, que nos resgatou do pecado e do mundo (Jo 8.36), mas esta liberdade é, sobretudo, a liberdade para não mais pecarmos, para não sermos mais escravos de nossas paixões.

O cristão pode fazer tudo que bem quiser, desde que o que ele fizer não o torne escravo daquilo que está a fazer. Assim, o cristão não pode praticar qualquer pecado, pois o pecado escraviza aquele que o comete (Jo 8.34).

A exemplo dos cristãos em Corinto, também vivemos num mundo cercado pela imoralidade e pela devassidão, mas se nos abstivermos da prática daquilo que não agrada a Deus nos manteremos livres em Cristo Jesus e, certamente, chegaremos aos céus.

Caramuru Afonso

Evangelista da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério do Belém - sede - São Paulo/SP, onde é o responsável pelo Estudo dos Professores e Amigos da Escola Bíblica Dominical e professor de EBD. Doutor em Direito Civil e Bacharel em Filosofia pela USP. Juiz de Direito em São Paulo