Entrevistas

Ceifeiros entrevista: Pr. Natanael Farina

Por Dário Ferreira e Geisel de Paula

Ele dedicou a vida entre o mercado de trabalho no ramo da informática e o ministério por três décadas e ainda arrumou tempo para os estudos: Cursou Técnico em Eletrônica no Liceu Camilo Castelo Branco, Licenciatura em Matemática pela Faculdade Camilo Castelo Branco; Bacharel em Física pela Universidade de Taubaté (Unitau) e Direito pela Faculdade de Direito do Vale do Paraíba (Univap) e está inscrito na OAB dede 1992. E não para por ai, é Bacharel em Teologia pela FAETEL onde também fez o mestrado em Ciências da Religião; é Mestre em Psicologia Pastoral pela ABECAR; Doutor em Teologia pelo International Biblical Seminary Miami (EUA); é professor de teologia na FAESP. Estamos falando de Natanael Farina, pastor setorial no Setor 15, Vila Nhocuné. Ele nasceu no do dia 25 de julho de 1955 em Santa Albertina/SP, cidade localizada a noroeste do Estado, próxima a Jales. Farina é casado há 44 anos com Mirian de Oliveira Farina; o casal teve dois filhos, os quais já lhes deram três netos.


Pastor como foi a sua conversão ao Evangelho?

Nasci em um lar Evangélico; mas tomei a decisão e aceitei a Jesus como Salvador com oito anos de idade; fui batizado com o Espírito Santo no mês de fevereiro de 1970 e nas águas em março do mesmo ano, no antigo templo da Assembleia de Deus Belenzinho na Alcântara Machado.
Anos mais tarde, fui separado para o presbitério em 1983 e para o pastorado em 1984. Na ocasião eu servia a Deus no Ministério de São Miguel; Ingressei no Ministério do Belém/Confradesp/CGADB em 1986 quando morava em Jacareí – SP.

Na igreja, qual foi sua primeira responsabilidade como obreiro?

Iniciei como pastor auxiliar na Cidade de Jacareí, a igreja Sede entre outubro de 1985 e fevereiro de 1992. Anos mais tarde, em São Paulo, trabalhei como Coordenador de jovens no Setor 4 – Santana de 1992 a 1996. Dirigi as congregações de Vila Medeiros, Tucurvi, Jardim Brasil, Vila Maria Alta, todas pertencentes ao Setor 4.

Quem foi seu mentor em matéria de missões?

Primeiro mentor foi o saudoso Pr. João Jaime, professor do IBAD e da FAETEL em 1986 quando eu fui Pastor Auxiliar na Igreja em Jacareí onde também fui Secretário da Igreja até 1992. Não posso deixar de mencionar o saudoso Pr. Evandro de Souza Lopes, com quem trabalhei no Setor de Santana como relato a seguir.

Em 1992 me mudei para São Paulo e por orientação do Pr. José Wellington fui cooperar no Setor 4 – Santana, onde permaneci por 23 anos exercendo cargos como Coordenador de jovens, dirigente de congregações, secretário de missões do Setorial, diretor da extensão da FAESP e co-pastor Setorial.
Em 2015 atendendo convite do Pr. José Wellington fui cooperar no Setor 15 – Vila Nhocuné como Pastor Setorial onde pela bondade de Deus e por orientação do Ministério permanecemos.


Agora, fale deu sua paixão por evangelismo e missões. Como teve início?

Em 1986, durante o curso de Bacharel em Teologia, fui despertado e conscientizado sobre Missões e nascia minha paixão por este IDE do Senhor Jesus Cristo. Pude entender que fazer Missão não é chamado, mas uma questão de obediência a Jesus. Missão e Evangelismo fazem parte de uma mesma ordem de Jesus. Missão não é um fator emocional, mas um fator racional e lógico.
Em 1999, quando assumi a Secretaria de Missões no Setor 4 – Santana, me envolvi mais diretamente com missões e a partir daí, no relacionamento com missionários e missionárias que estão no Campo e vendo a dedicação, que envolve sim uma submissão à Ordem de Jesus, uma renúncia e um amor “avassalador” por almas fui cada vez mais “contagiado” por Missões.


Cada Setor do Belém tem suas peculiaridades. Fale sobre as particularidades e características do setor 15 quando se trata da evangelização.

Sim, cada Setor tem suas peculiaridades que são desenvolvidas pelos pastores que os apascentaram. No Setor 15 – Vila Nhocuné, quando assumi em 2015 já encontrei um trabalho de Evangelização estruturado e um trabalho missionário iniciante. A partir daí desenvolvemos, junto com os Obreiros do Setor, um trabalho de Conscientização Missionário Local, Nacional e Transcultural (Missão Integral). Unificamos os departamentos de Missões e Evangelismo para um trabalho integral. Estabelecemos Cultos de Missões em todas as Congregações, Pré-conferências missionárias duas vezes por ano e uma Conferência Anual. No Evangelismo local realizamos, além do evangelismo em cada Congregação, uma Concentração Evangelística mensal com todo o Setor.

O Setor 15 tem feito um trabalho corpo a corpo junto aos moradores do bairro, como a entrega de carta-convite, por exemplo. O que motivou essa prática?

Fizemos este trabalho de entrega de carta em cada residência do Setor visando dar aos moradores conhecimento da presença da Igreja Assembleia de Deus Ministério do Belém nos bairros do Setor 15.
Hoje fazemos as Concentrações Evangelísticas com uma entrega de material evangelístico no bairro da Congregação, com o objetivo de levar uma Palavra e dar conhecimento da Igreja no bairro.

Qual sua opinião sobre a departamentalização do evangelismo nas igrejas?
Não conheço os demais setores a não ser o 4 (onde estruturei este trabalho e hoje foi até ampliado) e onde estou.
Meu pensamento é que deve haver um departamento que se estruturado para desenvolver com toda a Igreja o trabalho de evangelização.


Como fazer com que um membro da igreja se sinta responsabilizado pela tarefa da evangelização?

Isso é um trabalho contínuo de conscientização, não só com palavras, seminários, mas também com a participação forte e determinada da liderança; enfatizando este último. Se a liderança da Igreja não estiver comprometida, todo o trabalho de evangelização e missões ficará prejudicado.
Por experiência própria o grupo mais difícil de conscientizar, infelizmente, são os líderes da Igreja. Mas isto vai sendo superado com muito incentivo, jejum e oração.

Ceifeiros

Órgão de conscientização missionária e de comunicação da Confradesp.